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M. Eugénia Prata Pinheiro

quarta-feira, setembro 30, 2009

E agora, professores?

Por Santana Castilho, no Público


O que em tão pouco tempo já se disse e escreveu sobre quem ganhou ou perdeu as eleições merece reflexão e ajuda-nos a perceber que avaliar nunca passa de um acto subjectivo e que o interesse das análises que foram feitas ficaria drasticamente empobrecido se os analistas se vissem aprisionados numa redutora grelha burocrática, de parâmetros estereotipados, definida por um qualquer politólogo titular. Mais do que eleger uma lógica de análise e uma verdade, importa analisar cada uma das lógicas e cada uma das verdades.

O PS perdeu meio milhão de votos, a maioria absoluta e 24 deputados. Não é legítimo apontá-lo como derrotado? Mas o PS ganhou as eleições, teve o maior número de votos expressos e elegeu o maior número de deputados. Não é legítimo apontá-lo como vencedor?

O Bloco de Esquerda, ao duplicar o número de deputados, não tem legitimidade para se sentir vencedor? Mas não é derrota relativa ter sido ultrapassado pelo CDS, que é agora a terceira força política com representação parlamentar?

A campanha desastrosa que fez, o programa sem rasgo que propôs, as trapalhadas em que se envolveu e o resultado medíocre obtido não fizeram do PSD o grande perdedor deste acto eleitoral? E se alguém quiser dizer, por referência aos resultados de 2005, que o PSD aumentou a votação conseguida?

Que dizer da CDU? Também subiu e por isso pode falar de vitória. Mas não é derrota amarga ter sido ultrapassada pelo Bloco de Esquerda e pelo CDS?Que pensar dos que afirmam que o eleitorado votou inequivocamente à esquerda, quando são os mesmos (e em minha opinião com razão) que passaram quatro anos e meio a apodar de direita as políticas impostas por este PS, agora, dizem eles, de esquerda?

Deste exercício dicotómico escapa-se o CDS, o grande vencedor destas eleições. Não descortino em que possamos encontrar-lhe sinais de derrota.

Outra vencedora, triste vencedora para quem viveu quase meio século a lutar para que um dia pudesse votar livremente no seu país, foi a abstenção. Houve 3 milhões 678 mil e 536 cidadãos eleitores que se alhearam desse dever cívico. Os 36,56 por cento do PS passam para 21,75 por cento, se referidos ao número total de eleitores. É um número que merece reflexão. Em rigor, o PS foi escolhido apenas por 21,75 por cento dos portugueses com direito a voto. Não será esta uma derrota pesada da democracia?

A próxima legislatura nada terá de semelhante à anterior. A Assembleia da República ganhou protagonismo e as forças partidárias que a compõem ganharam particulares responsabilidades e capacidade de influenciarem a definição das políticas. Há quem recorde, com pertinência que compreendo, o compromisso assumido pela generalidade dos partidos que se opuseram ao PS e agora têm poder acrescido. Mas a pré-campanha, a campanha em si e os debates televisivos foram muito significativos quanto ao valor real dos compromissos na índole dos políticos que temos. O valor que atribuem à Educação é meramente circunstancial. Nada resiste para além da efemeridade de um discurso (e de um compromisso) de circunstância. A urgência de resolução dos milhentos problemas que tornam a vida nas escolas num inferno, e que estão longe de ser os mais importantes de um sistema de ensino sério, dependeria muito mais dos novos inquilinos da 5 de Outubro que de compromissos e programas. Mas com este resultado, a visão estalinista que orientou a Educação nacional não vai mudar. Vai apenas adoçar-se com protagonistas presumivelmente mais delicados, que continuarão a senda de transformação de cada professor num simples funcionário que ensine pouco, preencha cada vez mais papéis, relatórios e fichas, registos de toda a espécie, grelhas, actas e matrizes programadoras de todos os comportamentos, projectos e planos educativos, individuais ou de grupo. Com este resultado, os professores portugueses também não escapam à dicotomia dos resultados: ganharam, tendo perdido.

E agora?

Vamos entrar em jogos complexos que se arrastarão no tempo. Ao desanuviamento antecipável não vão corresponder soluções céleres. O PS perdeu a maioria absoluta mas os professores não se livraram de Sócrates que, agora delicadamente, continuará a querer vergá-los.

Porque a maioria absoluta se foi, a divisão da carreira não desaparecerá facilmente, muito menos a razão de cariz económico (entretanto reforçada com um défice maior que o de 2005) que determinou as quotas. Porque o PS ganhou, Sócrates vai persistir nesta gestão das escolas e nesta avaliação do desempenho, que classificou de instrumentos centrais das suas políticas. Porque Sócrates perdeu a maioria absoluta, Sócrates não pode perder outras coisas. Não pode perder, por exemplo, o sucesso estatístico que fabricou. Não pode, por isso, abrir mão de tudo o que promova resultados sem saber. Não abrirá mão do estatuto do aluno e da indigência que promove, na qual se inscreve a farsa do ensino profissional. A precariedade imposta ao exercício da profissão docente e a sistemática retirada de direitos aos professores não foram meros instrumentos conjunturais. Foram, outrossim, pilares de uma política que será excluída, liminarmente, do pacote de cedências para consumo parlamentar, que o PS estará já a preparar.

Sócrates vai ter que negociar muito sobre muitas coisas. A Oposição não lhe pode impor tudo. E no jogo das trocas, a Educação será sempre um elo fraco. Excepto para ele que deu, pessoalmente, demasiado a cara pelas desastrosas reformas feitas. Professor do ensino superior. s.castilho@netcabo.pt

domingo, setembro 27, 2009

Foi-se...


Foi-se a maioria absoluta. O PS perde mais de 20 deputados. Vieira da Silva, o do código do trabalho, o primeiro a pronunciar-se, diz, ainda assim, que o PS teve uma clara vitória, mas Sócrates faz a festa e proclama uma extraordinária vitória. O homem está tão cheio de armani que não percebe que, pelo mau uso que fez da sua maioria, é o fautor deste recuo. Perdeu mais de meio milhão de votos.

Mas é na verdade extraordinário que tantos ainda tenham dado crédito a uma governação faz de conta, embrulhada em demagogia e arbitrariedade.

sábado, setembro 26, 2009

Amanhã, 27 de Setembro...

Amanhã vou votar.

Ao contrário do que frequentemente tenho feito - abster-me, ou anular - amanhã tenciono pôr lá uma cruz bem posta que, somada à de muitos outros, possa ajudar pelo menos ao desanuviamento da vista e dos ouvidos.

A tiranetes produzidos por "maiorias" vou dizer votando - basta.

Não, não engulo sapo nenhum. É de minha livre vontade. E não estou nem fico enfeudada.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Entrevista a mim próprio...

Texto enviado por mail. Destinado a publicação num jornal ficou na gaveta.
Aqui fica para ser lido.



Entrevista a mim próprio
José Fernandes
Professor, Pai e Cidadão

Há maus professores?

Há, sim senhor. Há os que se baldam para os seus deveres, não ligando nada ou quase nada à profissão e aos seus alunos.

São a maioria dos professores?

De modo nenhum. A esmagadora maioria dos professores é dedicada e é competente.

Não é isso que o ministério diz…

O ministério não é capaz de reconhecer a qualidade dos professores. Quando a ministra da educação teve estampada na primeira página do Jornal de Notícias, dito por ela: “ Os professores são os culpados do insucesso escolar” está tudo dito! É uma frase cientificamente incorrecta e intelectualmente desonesta e que ela não consegue provar.

Como se percebe este ataque ao professores?

O PS e o governo, com alguma ponta de verdade numa ínfima parte da classe docente, apregoaram muitas mentiras, aproveitando o desconhecimento da população. E como nunca é demais, sou eu que digo que MENTIROSOS são os que dizem que os professores faltam muito, MENTIROSOS são os que dizem que os professores têm muitas férias, MENTIROSOS são os que dizem que os professores não querem trabalhar… Como dizia João Ruivo, “o PS e o governo mentem sobre a Escola e sobre os professores. Todos os dias lhes exigem mais e dizem que fazem menos. E não é verdade”.

Mas há realmente quem pense que os professores trabalham pouco…

Há uma maneira muito fácil de resolver isso: Pôr os professores a trabalhar 35 horas por semana – a sua carga horária -na escola. E aí preparavam as aulas, utilizavam os recursos da entidade empregadora e não os próprios e estavam 100% disponíveis. E terminado o dia de trabalho, os professores poderiam ir para a família, para o jardim, para serviços à comunidade, etc. Só voltavam a trabalhar no dia seguinte. Mas o governo não quer isto…

Porquê?

Porque assim pode continuar a afirmar que os professores não trabalham…

E o futuro próximo?

Quatro anos e meio de governo PS são maus demais para poderem continuar…

E o que acha desta última aparente aproximação do primeiro-ministro aos
professores?

Aparente! Diz-se bem. Quando Sócrates diz que “houve falta de comunicação com osprofessores, e daí as coisas não terem corrido tão bem quanto ele quereria, mas que estava agora disposto a negociar e a tomar um novo rumo para com os professores” só me apetece mandá-lo dar uma curva, porventura estudar Resistência de Materiais, e propô-lo para melhor actor de comédia. Então, depois de frequentemente chamado à atenção, inclusive por mim, vem com este paleio?! Tentou virar o país todo contra os professores e agora vem com esta treta?!

Mas o que podem fazer os professores?

O mesmo que fizeram nas eleições europeias. Chega.

No fundo, o que renegam os professores?

Em primeiro lugar este estatuto da carreira docente, com a cessação imediata da divisão da carreira entre professores de primeira e de segunda e ainda, mas não só, uma alteração profunda deste modelo de avaliação e o fim das quotas para subida de escalão!

E não há diferenças entre os professores?

Claro que há!

Mas então os professores não devem ser avaliados?

Onde ouviu dizer que os professores não queriam ser avaliados? Isso não passa de uma atoarda que o governo ps lançou para desacreditar os professores! O governo ps tudo fez para que a opinião pública interiorizasse que os problemas da educação passavam pela avaliação dos professores, mas é uma grande mentira!…

Explique melhor…

A avaliação de desempenho docente é importante, mas não é o mais importante. Verifique que, agora, a escola tem de fazer um grande número de coisas que desvirtua o modelo de escola que sempre tivemos. Não estou a fazer de Velho do Restelo. Mas o que é verdade é que o Conhecimento deixou de ser o mais importante da Escola Pública.

Porquê?

Implícita ou explicitamente os professores são obrigados a passar alunos que não sabem
nada. Mais, os professores devem ter autoridade e dignidade e devem ser sempre uma referência. Mas, actualmente, os professores sentem-se desvalorizados e humilhados.
Por exemplo, o regime de faltas dos alunos é uma palhaçada: então um menino que se
balde à escola para fazer o que lhe apetece, tem de ser levado ao colo, com planos e provas de recuperação até passar?! E quem paga pelo desleixo do menino? Outra vez os professores… Medina Carreira disse há tempos que “se os pais tivessem a verdadeira percepção do que se está a passar na Escola em Portugal, viriam para a rua”. Disse ainda que “o ensino em Portugal é uma intrujice. Uma intrujice cara. E depois inverte-se isto. Vamos avaliar os professores, nem sei quais são os critérios. No estado em que aquilo está parece-me uma tontice, mas não se avaliam os alunos. Isto tem pés e cabeça? Isto é de uma sociedade de gente com juízo?”. E ainda: “Este país não vai de habilidades nem de espectáculos. Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros! Eles não são pagos nem escolhidos para isso!”

Mas há diversas coisas que são bem vindas pela população: o Inglês, as Novas
Oportunidades, a Escola a Tempo Inteiro…

Assim parece, mas não é! Carece de fundamentação científica a eficácia da aprendizagem de uma 2ª língua no 1º ciclo; é louvável, e eu sou testemunha disso, a vontade de muitos adultos melhorarem as suas qualificações e o esforço que fazem para o conseguir, mas é um absurdo fazer crer a estes adultos que meia dúzia de meses são equivalentes a três anos de escolaridade. Não são e acaba por complicar a auto-estima dos formandos quando confrontados com o que realmente beneficiaram.

E a Escola a Tempo Inteiro?

A Escola é um lugar de Conhecimento, de Estudo e de Trabalho. Não é um local para entretenimento e guarda de crianças. Muito menos pelos professores. Como já disse, se a escola estivesse organizada para que alunos, funcionários e professores exercessem as respectivas tarefas e funções num horário fixo, bem definido, e não levassem a escola para casa, tudo bem. Como disse alguém: “Erro estratégico mais grave em termos de modelo de desenvolvimento: não perceber que a Escola a Tempo Inteiro é útil para muitas famílias mas é um sinal de subdesenvolvimento do nosso país e não o seu contrário”.

Que balanço faz do trio que esteve à frente do Ministério de Educação, nestes quatro anos e meio?

Começando pelos secretários de estado, Valter Lemos parece-me um chico esperto como foi o primeiro-ministro no caso da licenciatura. Para além daquela questão das faltas na Assembleia Municipal de que ele fez parte, alguém me explica a sério, como é que o homem sem ter um doutoramento chega a presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco!? Jorge Pedreira é um malabarista: então de sindicalista passa a secretário de estado? E andou ele com histórias de os professores serem como ratos a comer bolachas e a quererem copos de leite… Parece uma grande indigência mental!… A ministra… Bem ela não percebia literalmente nada de Educação. Recordam-se de um debate no “Prós & Prós” em que lhe disseram abertamente que qualquer um(a) servia para ministro da educação? Ela não foi para o governo para tratar da Educação: foi para destruir a Escola Pública e humilhar os professores, usando tácticas que fariam corar qualquer agente ou chefe da PIDE!

Essa é forte…

Pois é. Mas parece que se esquecem de quem mandou polícias verificar quem ia às manifestações, do caso do professor Charrua ou dos alunos pressionados para imputarem culpas aos professores no caso dos ovos de Fafe… Pronto! Já sei que vão dizer que não foi ela… pois… pois…

Uma última palavra…

É simples: este PS nunca mais terá o meu voto! E não é parte de uma reacção corporativa! É o futuro de Portugal que está em causa!!!

quinta-feira, setembro 24, 2009

Só cá faltava...

Só cá faltava o Papa para animar as eleições.

Este anúncio da vinda do Papa a convite do PR, humm.

O PR passou-se mesmo. O quarto segredo - passou-se para onde?



(depois de escrito) - Ouvi agora que havia um acordo de "cavalheiros" para que o anúncio da vinda do Papa ficasse para depois das eleições. A presidência furou o acordo. Está dito - o PR passou-se e o tal quarto segredo é de polichinelo.

Sondagens

Mais uma sondagem na Educação do meu umbigo do Paulo Guinote.

Pois vão lá votar. Aqui está a ligação.

E voto branco, nunca. Nulo sempre.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Ídolo de Chavez


11,55 €

Formato: Brochado 76 páginas
Data de publicação: 07-10-2008
Editor: Martins Fontes
ISBN: 978-85-61635-00-8
EAN13:9788561635008


Sinopse

Libertador” ou ditador obscurantista? É com uma descrição de “personagem medíocre e grotesco” a representar papel de herói que Marx compõe este seu ensaio sobre Simón Bolívar. “Foi o acaso, sem dúvida, que levou Marx à redação de seu artigo sobre Bolívar. Contratado em 1857 por Charles Dana, diretor do New York Daily Tribune, para colaborar sobre temas de história militar, biografias e outros assuntos variados na New American Cyclopaedia que o editor vinha preparando, Marx dividiu o trabalho com Engels, e quis a sorte que lhe coubesse redigir o verbete sobre Bolívar. O resultado das leituras efetuadas para a redação desse verbete foi um sentimento tão acentuado de aversão pelo personagem, que ele não conseguiu deixar de dar um tom surpreendentemente preconceituoso a seu trabalho. Diante dos reparos lógicos feitos por Dana a um texto que se afastava da linguagem imparcial que caracterizava esse tipo de publicação, Marx admitiu, numa carta a Engels, que havia saído um pouco do tom enciclopedístico, mas que ‘seria ultrapassar os limites querer apresentar como Napoleão I o mais covarde, brutal e miserável dos canalhas’.” (José Aricó). Os fatos arrolados por Marx e narrados de forma dinâmica e conseqüente são históricos, mas terá Bolívar servido à democracia e ao antiimperialismo? Cabe seu retrato entre os estudantes e os operários de Caracas hoje? Este texto de Marx, descoberto em 1935, é publicado pela primeira vez no Brasil.


Enviaram-me esta informação por mail.
A ler.





terça-feira, setembro 22, 2009

Eu é que sou a burra?

Não tive hipótese de reter toda a informação que acabei de ouvir contendo dados do fisco mas não será difícil ir apanha-los.

Começou a sequência noticiosa por avisar que o número de ricos aumentara em Portugal e, pelos dados que se seguiram, aquilo que rapidamente se deduzia é que o forró da fuga ao pagamento de impostos por parte das empresas e dos empresários segue em grande. Muitos dos que deviam pagar pela taxa dos 42% conseguem reduzi-la para metade. A maioria das empresas não declara lucros e lá se vai isentando de impostos.

Diz-se de seguida que a despesa com os desempregados e os subsídios ao emprego estão a aumentar o deficit. Mas remata-se o encadeamento noticioso declarando que se tinham encontrado alguns burlões recebedores do rendimento de inserção e que lhes havia sido retirada aquela grossa maquia.

Noticiário revelador: há mais ricos - esta entrada insinua-se como um "vejam que a crise não é tão má assim..." Que conseguem enriquecer burlando fica para melhores entendedores já que não se dizem os números gordos que esta burla retira do bolo do Estado nem se anunciam efectivas medidas de controle.

Os malandros vêm a seguir escarrapachados - os desempregados e os burlões do rendimento mínimo. Estes aumentam o deficit, estes obrigam a gastos imprevistos. Mas contra estes a fiscalização está activa, fiquemos pois tranquilos.

Fica feito o retrato da sociedade, dos que nos vão desgovernando e dos que com informação pouco escrupulosa os vão apoiando.




Professores poetas

Recebi por mail


VOAREI

Um poema de Luís Costa, in Dardomeu.

A Santana Castilho, Ramiro Marques, Ricardo Silva,
Ilídio Trindade, Octávio Gonçalves e Paulo Guinote


Eu serei sempre condor
Cruzando o azul do céu
Um romeiro voador
Solitário e sonhador
Rei de um reino só meu

Serei sempre como o vento
Andarilho da verdade
Catando o meu alimento
No sedutor chamamento
Dos olhos da Liberdade

Serei ave desprendida
Roçando o céu sem temor
Serei condor sem guarida
Porque a vida só é vida
Sem anilha nem senhor

sábado, setembro 19, 2009

Mais fim da crise

Eduardo Cintra Torres explica no Público como aqui há uns dias se pôs fim à recessão.

Às 11h22 a Lusa noticiava " A economia portuguesa recuou 3,7 por cento no segundo trimestre face a igual período de 2008, abrandando a queda do trimestre anterior, que tinha atingido 4,0 por cento, informou hoje o INE. "

Às 12h25 deu-se uma volta à notícia passando à seguinte formulação: "O Instituto Nacional de Estatística confirmou hoje que Portugal saiu da recessão no segundo trimestre, com a economia a crescer 0,3 por cento face ao trimestre anterior."

Lembro-me que a este espampanante anúncio de crescimento, se seguiu uma enorme fileira de candidatos e comentadores manifestando alegria e confiança, anunciando um radioso futuro.

Habilidades!

quinta-feira, setembro 17, 2009

Convite - Palácio das Galveias, às 19 horas, hoje


Caro/a colega,
O professor Santana Castilho teve a amabilidade de me dirigir pessoalmente o convite para a sessão de apresentação do seu livro “Os bonzos da estatística. Ideias falsas que travaram a educação”. Trata-se de um importante contributo na reflexão e crítica às políticas educativas deste PS e uma homenagem à luta dos professores.
É com apreço e reconhecimento que acedo à sua solicitação de extender este convite a todos os colegas, "com a indicação de que não é um simples convite protocolar, outrossim um convite pessoal a todos os colegas que se têm sacrificado pela dignidade de ser PROFESSOR."
Assim, os professores que se revêem na luta contra a prepotência de mais de quatro anos de desastrosas políticas educativas estão todos convidados.
Ilídio Trindade
Coordenador do MUP

Dia 19 - manifestação, manifestação, manifestação



sábado, setembro 12, 2009

Inaugurações

Loures: O futuro está aqui
As grandes verdades ficam sempre bem num cartaz, em fundo azul.











No cerimónia de lançamento da primeira pedra do Crematório, o Presidente da Câmara PS de Loures garantiu ainda que: “este equipamento contribuirá para renovar a forma de estar e pensar da população”.

Será? Eu cá acho que ao fim 2 horas a 900 graus um gajo é só fumaça, está completamente, irreversivelmente, gasoso, etéreo, flutua no espaço sem peso nem dores nos rins...


Furtei do blog presença das formigas. Estive de férias e perdi esta cerimónia na vizinhança da minha escola. Estranhamente lança-se um forno crematório e apaga-se da freguesia o centro de saúde. A população, que tem agora de deslocar-se a Sacavém para tratar da saúde, passou de certeza a olhar o cemitério mais o prometido forno crematório com outros olhos. Renova-se assim a forma de estar e de pensar... E para ajudar a balizar as formas de estar e os pensamentos, inaugurou-se há pouco na freguesia uma esquadra. Também perdi esta cerimónia.

Mas de novas oportunidades para cerimónias inauguradoras está o concelho cheio. Esta semana foi um ver se te avias.Já avistamos o "boneco" do hospital de Loures...

O que me dói é que não inaugurem a estrada que mais eficazmente me permitiria chegar à escola. Faltam-lhe uns 200 metros iniciais já há uns anos embora a maquinaria pesada por ali vá andando a encrencar. Semana sim semana não são-nos propostos inovadores desvios que lamentavelmente nunca anulam a parte vidrada do trajeto. Vidrada a sério, se derrapei sem consequências, já lá vi uns de rodinhas para o ar.E todo o resto da estrada está pronto.

Pimpona ali ao lado das pistas dos aviões, convenientemente desnivelada para evitar inoportunas aterragens, asfalto marcado, letreiros colocados... Passagem permitida apenas para as cargas do aeroporto. O acesso desafiador nesta zona está acabadinho e só espera um corta-fitas.Suspeito que haja um qualquer conflito de interesses entre o senhor Jamais e o senhor Costa a impedir a cerimónia.Ofereço solução - um inaugura na entrada, outro na saída.


Agradecia que se despachassem...

terça-feira, setembro 08, 2009

Dia 19/9: manifestação de protesto dos professores


COMUNICADO DA APEDE, MUP E PROmova
ORGANIZAÇÃO DA MANIFESTAÇÃO DE PROTESTO DOS PROFESSORES
19 DE SETEMBRO 2009

Tal como foi já tornado público, os professores irão manifestar-se em Lisboa, no próximo dia 19 de Setembro de 2009, às 15:00 horas. Numa forma de manifestação diferente do habitual, a mesma decorrerá em simultâneo em três locais diferentes e simbólicos: Assembleia da República, Ministério da Educação (Av. 5 de Outubro) e Palácio de Belém. Em nenhum deles haverá prelecção de discurso público, mas sim uma faixa dos Movimentos que organizam o protesto (APEDE, MUP e PROmova), contendo uma mensagem forte e incisiva que pretende dar voz ao sentimento dos professores.

Nos três locais de concentração, haverá representantes dos movimentos, que promovem e organizam esta acção, podendo os colegas dirigir-se a qualquer um desses locais, de acordo com a sua sensibilidade e desejo de participação.

Solicita-se que, na medida do possível, os colegas venham vestidos de negro e que, depois de alguns minutos de silêncio, se manifestem como entenderem, com faixas, cartazes, etc., dando livre curso à sua criatividade, contribuindo, desse modo, para o sucesso desta iniciativa.